Grandes corporações já adotaram. Startups e pequenos empreendedores também. Até mesmo o rigoroso governo norte-americano capitulou. Os benefícios da computação em nuvem (do inglês Cloud Computing) fazem com que esta tecnologia – que permite o armazenamento e processamento de dados via internet – seja um dos segmentos que mais cresceram no setor de TI no mundo nos últimos anos, atingindo US$ 180 bilhões em 2017 e 24% de expansão ao ano, segundo dados do Synergy Research Group.
No Brasil, levantamento da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) em parceria com a IDC indica que em 2016 essa taxa chegou a quase 50%, passando de US$ 506 milhões para US$ 746 milhões. De olho nessa demanda, o Google inaugurou recentemente em São Paulo uma central dedicada apenas a este serviço, a primeira da empresa na América do Sul. É uma briga de gigantes, tendo a Amazon e a Microsoft como seus principais oponentes. É fácil perceber porque essas companhias visionárias estão investindo pesado nesta solução.
A computação em nuvem oferece duas vantagens fundamentais para o sucesso de qualquer negócio: redução de custos de TI e escala. Com informações e aplicativos rodando remotamente em servidores externos e seguros, as despesas com aquisição e manutenção de equipamentos e softwares podem cair até 30%, conforme estudo da Bloomberg Intelligence. A produtividade também se amplia, sem que funcionários precisem dedicar longas horas a tarefas como configuração ou atualização de máquinas.
É o fim também de processos complexos, e muitas vezes ineficientes, de backup, que passa a ter sua rotina automatizada na nuvem. O alcance global da internet possibilita ampliar de maneira ágil as operações da empresa, sem limitações geográficas, com as atividades e sistemas replicados pelos provedores em outras localidades. Gestores podem acompanhar e controlar facilmente o desempenho de todas as áreas.
A segurança é outro fator essencial da computação em nuvem. Com todos os dados sensíveis e estratégicos da corporação utilizando o armazenamento em nuvem, a proteção deste valioso ativo está garantida mesmo em caso de danos, ameaças ou acidentes que impeçam o acesso às instalações físicas. Utilizar o sistema de e-mail na nuvem complementa essa precaução, assegurando a comunicação contínua entre os funcionários em qualquer instância. A atualização constante e o uso das mais avançadas tecnologias nas centrais de processamento dos provedores minimiza o perigo de ataques cibernéticos.
As vantagens competitivas são diversas, mas para aproveitar todo este potencial, é fundamental contar com um parceiro especializado neste tipo de solução. Exatamente por ser flexível e adaptável a empresas de qualquer porte, a computação em nuvem exige uma combinação personalizada de recursos. Caso contrário, o que era para ser lucro, vira prejuízo. Uma análise do pesquisador Jonathan Koomey com 20 empresas norte-americanas revelou que 80% já arcavam com os custos de uma capacidade de armazenamento e processamento maior do que o necessário em seus servidores internos e que, ao migrar esta mesma configuração super dimensionada para a nuvem, acabaram tendo um custo 36% mais alto com provedores do que precisariam, o que equivale a perdas de mais de US$ 62 bilhões por ano.